16 - Rosas de Santa Maria

O Mar Atlântico era, até meados do século XV, mesmo para os povos seus ribeirinhos, entre todos os oceanos conhecidos o mais ignorado e misterioso, fosse porque era tempestuoso e de difícil navegação ao largo, fosse pelos mitos e narrativas já herdados do longínquo Ptolomeu, que continuavam a circular na Idade Média, segundo os quais o mar a sul do Cabo Não, nos confins de Marrocos, não era navegável, por se assemelhar a um caldeirão fumegante e tumultuoso, aquecido pela torreira do sol tropical, de ondas gigantescas e sulcos profundos em cujos leitos se agitavam serpentes enormes e peçonhentas. 
As narrativas sobre  tantos navegadores desaparecidos, como foram, havia ainda pouco, no século XIII, os irmãos genoveses Vandino e Ugolino Vivaldi, sumidos com o seu navio quando, tendo ousado ir mais além, nunca mais deles se encontrou rasto, inibiam novas tentativas de exploração, mesmo aos mais afoitos, que esconjuravam os demónios que lá reinavam, e iam ao ponto de considerar pecaminosa a ousadia de os afrontar naquele inferno.…

Infante D. Henrique

Foi neste contexto que em 1416, após a conquista de Ceuta, o grande Infante Henrique, Duque de Viseu, com apenas 22 anos, se estabeleceu à laia de eremita interrogando o horizonte enigmático do oceano, postado no sobranceiro e ventoso Promontório de Sagres, que só ao escurecer deixava para pernoitar na aldeia recatada de Raposeira, a umas vinte léguas, ao passo que montava em Lagos o estaleiro e porto das caravelas a produzir e armar nas décadas que se iam seguir, rodeado de construtores navais e navegadores, cartógrafos, astrónomos, matemáticos e físicos vindos de várias academias e cortes europeias, alguns deles judeus, como o cristão-novo Jaime de Maiorca, ou Jaime Ribes, ou Jafuda Cresques. Um período de intensa atividade académica e industrial, discreta mas frenética e eficiente, de que nasceu toda a epopeia dos descobrimentos portugueses do século XV. A estreia do imenso rol de descobertas que deu início à grande globalização renascentista foi a da ilha de Porto Santo em 1418, por João Gonçalves Zarco e Tristão Vaz Teixeira, que no ano seguinte, 1419, chegaram à Madeira, seguindo-se, ainda mais a norte e muito para oeste do famigerado Cabo Não, o Arquipélago dos Açores, primeiro por Diogo Silves, que encontrou as suas primeiras ilhas, em 1427, e depois por Gonçalo Velho Cabral, que completou a descoberta, em 1432.

Só quando Gil Eanes, em maio de 1434, ao serviço do mesmo Infante Henrique, reinava D. Duarte em Portugal, capitaneando um barinel, pequeno navio de trinta toneladas, de um só mastro e uma só vela redonda, e com uma pequena tripulação de apenas quinze homens, ciente de que a zona do Cabo Bojador, conhecido até ali por Cabo do Medo, tantos eram os navios que ali naufragavam, se prolongava longamente pelo mar, resultado de inúmeras tempestades de areia vindas do deserto do Saará ao longo dos tempos, navegou ao largo e, tirando proveito do pequeno calado da embarcação, demonstrou enfim que era possível continuar para sul, e de lá regressar, se teve a noção do pequeno-grande salto que este feito representava para desbravar os misteriosos mundos até ali vedados aos grandes navios, um feito prenhe de simbolismo disruptor, que o genial Fernando Pessoa eternizaria no início do século XX com o seu eloquente poema “Mar Português”, que se inicia assim:

“Valeu a pena?

Tudo vale a pena se a alma não é pequena.

Quem quer passar além do Bojador tem que passar além da dor.

Deus ao mar o perigo e o abismo deu, mas foi nele que espelhou o céu”…

Rosas de Santa Maria
Mau grado Gil Eanes não ter regressado com mais do que um punhado de umas xerófilas já secas, colhidas no areal a que aportara, a que chamou com júbilo “rosas de santa maria”, era uma vitória saborosa sobre um Oceano cioso dos seus próprios segredos, encriptados em mitos temerosos urdidos e acumulados ao longo dos séculos em consequência das tentativas frustradas de mareantes do pequeno mundo mediterrânico, como o da Atlântida, ou o de ilhas misteriosas e perdidas a ocidente em penumbra impenetrável como a Antília, ou a Autêntica, ou a das Sete Cidades e a dos Corvos Marinhos, alegadamente avistadas por marinheiros audaciosos, desde fenícios a egípcios, genoveses e vikings que, tendo logrado regressar, contaram estórias lendárias, impossíveis de confirmar.

 Entretanto, a sul e a oriente do Mediterrâneo, o domínio árabe erguia-se em terra como uma barreira espessa enrijecida por séculos de contendas sangrentas, políticas e religiosas, entre cristãos e muçulmanos, entregues a sucessivas ondas e ressacas de cruzadas e jihades[1].

Paradoxalmente, as espessas barreiras ideológicas, etnológicas, culturais, militares e religiosas não impediam que uma atividade mercantil palpitante fosse alimentada por longas e complexas rotas comerciais terrestres e marítimas que atravessavam com surpreendente impunidade todas as fronteiras, como eram a Rota da Seda, que chegava da China, em caravanas de cavalos e camelos, a partir da lendária Dengzhou, no Extremo Oriente, galgando a terrível Mongólia, passando por Samarcanda no Oriente Médio, e descarregando em Veneza, após um percurso de mais de dez mil quilómetros por montes, vales, estepes, planícies e desertos; ou a Rota Marítima das especiarias, gerada nos confins da Indonésia, da Malásia e da Índia, que sulcava o Índico em zambucos[2] construídos na Costa do Malabar, no Mar Vermelho ou na ilha de Ceilão, num trajeto oceânico que vinha até  Ormuz, e que depois, no dorso de infindáveis cáfilas de camelos, cruzavam a Arábia e o Iraque, e chegavam a Itália, por Bizâncio; ou ainda a rota do Saará e da Abissínia, que, ao invés da do Índico, começava por penar longamente sobre as dunas áridas do Grande Deserto, desde os impérios recônditos dos negros, por Tombuctu, atá ao Cairo e Tripoli, para finalizar atravessando brevemente o Mar Tirreno a caminho de Génova.

Especiarias do Oriente

Seda, algodão em rama ou tecido, perfumes, marfim, joalharia, carapaças de tartaruga, porcelanas, corais, goma, âmbar, pérolas, pedras preciosas, urzela[3], ouro, escravos e, sim, as ambicionadas, estimulantes, aromáticas especiarias, da pimenta à noz moscada, ao cravinho, à baunilha, gengibre, canela, açafrão, cardamomo, anis estrelado, tudo chegava a Veneza, no Adriático, e a Génova ou Pisa, no Mediterrâneo, e fluía para os consumidores europeus da época, em mercados e feiras espalhados por toda a Europa, incluindo os mais setentrionais, agregados pelo mercado comum da Liga Hansiática, quer pelos portos do Mediterrâneo e da Costa Atlântica, quer pelas grandes “estradas” que eram os rios Pó, Reno e Danúbio, a preços que, naturalmente, não podiam deixar de refletir o peso de toda a cadeia de tão imbricada logística.

Vale a pena determo-nos aqui um pouco, num breve regresso ao futuro, a observar o que se passava por essa altura nos quatro cantos do Mundo, por detrás dessas barreiras, em espaços até então relativamente isolados e em grande parte desconhecidos uns dos outros, como antecâmara para prosseguirmos na pista que nos levará àquela parte da África então desconhecida, e ao que estava para acontecer ultrapassando o que eram o conhecimento e a memória correntes, e em particular numas ilhas inesperadas e inóspitas, um pouco mais a sul dos cabos interditos do Não e do Medo, onde um processo fortuito mas único e paradigmático estava para eclodir…

Resumindo muito, nesses idos do miolo do século XV extinguia-se na Europa a Guerra dos 100 anos, que desembocou no consulado de Luís XI em França e no de Eduardo IV em Inglaterra, ambos os reinos dizimados pelos prolongados confrontos, que os deixaram em estado deplorável. No centro do velho continente vigorava o xadrez dos principados do Sacro Império Romano-Germânico, englobando territórios tão vastos como os que viriam a ser os da Alemanha, da Polónia, da Hungria, da Áustria e parte dos da Itália. Em Portugal, um pequeno país periférico no extremo sudoeste da Península Ibérica, encostado a África, emergiam os descendentes de D. João I, que falecera, numa dinastia que passou à História com o epíteto de ínclita geração, de que o Infante D. Henrique foi expoente, e se preparava para reinar o adolescente D. Afonso V, após o breve reino de seu pai D. Duarte, e a quem sucederiam D. João II, D. Manuel I e D. João III. Em Espanha, estão a chegar os Reis Católicos, Isabel I e Fernando, patrocinadores de grandes descobertas de rotas e mundos novos, paralelamente aos dos portugueses. Em Itália, na altura um país espartilhado, a família dos Médici pontifica na cidade-estado de Florença e na Santa Sé, com vários membros da família a exercerem sucessivamente o enorme poder papal, não só espiritual como temporal, desde o território do atual Vaticano, enquanto outras cidades-estado como Veneza, Génova ou Pisa, dominavam as rotas do grande comércio europeu, terrestre e marítimo. Numa altura em que estavam a chegar à Europa levas de ciganos oriundos da Índia, e em que, por outro lado, os judeus enfrentavam na Península Ibérica o dilema de se converterem à fé católica, sem o que eram expulsos, a caminho da Holanda, da Turquia, de Marrocos, ou se tornavam fortes candidatos a deportações e alistamento mais ou menos compulsivo nas guarnições dos navios que eram armados em Lagos e na Ribeira das Naus, em Lisboa…

Tipografia de Gutemberg - pintura

Em toda a Europa emerge um tempo novo, o da Renascença, protagonizado por Gutemberg, que cria a indústria tipográfica, e opera uma autêntica revolução comunicacional com a reprodução em série da Bíblia, o livro incontornável da época no mundo cristão, logo seguido de outros, abrindo de par em par o caminho da globalização do conhecimento…

Na Ásia Menor, o sultão turco Maomé acaba de liquidar o Império Bizantino, conquistando Constantinopla e cercando Belgrado, e consolida assim o Império Otomano no lado europeu.

Os Apaches e os Navajos dominam os territórios de sudoeste da América do Norte, ao passo que os Aztecas estendem o seu domínio na América Central, do Planalto Central para o sul, até Oaxaca.

As tribos guerreiras Tupi-Guarani dominam a região do que será o Brasil, na grande bacia do Amazonas, até à Guiana, mas são os Incas que se expandem mais a oeste na América do Sul, sob o comando do Sapa[4] Pachacuti, partindo da região do Lago Titicaca até à atual Quito, a norte, e até ao rio Maule, a sul, abrangendo os territórios dos futuros Equador, Peru e Chile.

Na Ásia do Norte, o Império Mongol era dominador, e dividia-se em quatro canatos[5], dos quais o Canato da Horda Dourada era o mais importante, abrangendo grande parte da atual Rússia europeia, Cazaquistão, Ucrânia, parte da Bielorrússia, norte do Uzbequistão, Sibéria Ocidental e uma parte da Roménia. Enquanto a sul, a dinastia Ming reina na China, tenta combater os mongóis e expandir-se pelo Índico, com uma frota naval poderosa, dirigida pelo almirante muçulmano Zeng He que atravessa a Indonésia e chega ao Mar Vermelho e à Costa Oriental Africana. Ao passo que no Japão, reunificado após investidas ferozes dos temíveis mongóis, vivia-se um período de fomes e de revoltas camponesas, sob o Xogunato[6] dos Ashikaga.

Junco da famosa frota de Zeng Ho

Na Índia, o Sultanato de Deli, sob o governo da dinastia afegã dos Lodi, restaura o prestígio antigo, então decadente, e expande-se para oriente, em direção a Junpur e Bihar; em contrapartida, no espaço hindu as dinastias rajá-putra recuperam a independência na região do Rajastão.

Em Marrocos, os sultões e vizires berberes oatácidas impõem-se aos também berberes merínidas, mas uns e outros declinam quando os portugueses conquistam Ceuta, depois Alcácer Ceguer, Arzila, Azamor, Mazagão, Safim e Mogador. Ainda na África setentrional, mas a leste, os turco-egípcios mamelucos expandiam-se para a Núbia, subindo o Nilo, e participavam no comércio do ouro e dos escravos com a África subsaariana, em caravanas que contornavam o deserto, ao passo que chegavam ecos de um reino cristão, mais a sul, na Etiópia, o do Preste João, dito das Índias, governado neste período pelo seu décimo nono imperador, Zara Jacob…

Imperador da Etiópia

A ilha de Arguim, na Mauritânia, o primeiro entreposto comercial dos portugueses na região atlântica recém-abordada, era então considerada o limite do mundo muçulmano em África, e dali para sul o continente africano era  um puzzle de tribos e povos guerreiros intrincado, em parte ainda muçulmano, em parte animista e por vezes convivendo com um e outro cultos, de que se destacavam os songai, os julas, os mossis, os haúças, os axântis e os iorubás, que dominavam as bacias dos rios Níger e Volta, uma vasta região hoje território de um conjunto de países independentes, do Mali ao Burkina Fasu, ao Gana, ao Benin, à Nigéria, e onde se gerava boa parte do comércio de ouro e escravos a alimentar as rotas terrestres de tráfego para norte, através do Saará…

Já mais para sul no continente africano, o que mais filtrava dos relatos de aventureiros e exploradores eram notícias de um império mítico, alegadamente poderoso, abundante em ouro, o Monomotapa, algures entre os rios Zambeze e Limpopo, mais tarde ocupado pela Rodésia/Zimbabwe e por Moçambique.

De referir ainda, como nota de rodapé, que começava a sentir-se neste período uma mutação climática significativa, de resfriamento global, que ficou conhecida como Pequena Idade do Gelo e se prolongaria até ao século XIX, o que faz supor que por esse tempo o clima fosse mais ameno e propício às grandes viagens...

Eis um retrato holístico quanto basta, na altura impossível de se esboçar e que se foi tornando inteligível, graças à globalização acelerada promovida pelos dois países ibéricos, que, atraindo de vários pontos da Europa de então colaboradores especializados, dominaram diversas tecnologias de ponta, em especial a da náutica, a da construção naval, a da cartografia, a do comércio e a do armamento pesado, tornando possíveis num curto espaço de tempo a comunicação e as trocas comerciais e culturais de todo o mundo com todo o mundo e eliminando a um ritmo nunca visto até então obstáculos que à época eram tidos por intransponíveis.

Caravelas - azulejo

É no quadro deste vasto cenário que Henrique o Navegador e os seus homens foram vencendo o mar com uma frota de caravelas, navios estudados e construídos nos estaleiros de Lagos, de tamanho médio, vinte e cinco metros de comprido e popa elevada em castelo e protegida, dois ou três mastros aparelhados de velas latinas ostentando a cruz de Cristo, com capacidade para 50 toneladas, mas muito manejáveis e capazes de navegar contra o vento ou mesmo de serem movidas a remos e de penetrar rios acima, e foram dobrando novos cabos, primeiro o Branco, por Nuno Tristão em 1441, depois o Verde, por Dinis Dias, e o Roxo ou dos Mastros, por Álvaro Fernandes, em 1445, e explorando os rios de toda aquela Costa, desde o Senegal ao de Santa Ana, na Costa da Malagueta. O ritmo de progressão tinha-se tornado imparável, e as caravelas e naus haveriam de sulcar os mares para além do Equador, a caminho das portas ainda secretas que no Atlântico sul se abririam ao Índico, vencendo o terrível Adamastor, e ao Pacífico, contornando a mítica Terra de Fogo… Não mais os velhos mitos haveriam de travar o conhecimento, vencidos que estavam pelo método científico da experimentação, mesmo que fosse preciso passar por tentativas e erros. Sopravam os ventos de uma nova era…

Navegantes de um pequeno povo de pouco mais de um milhão de pessoas, tinham pois chegado à África Tropical, e num primeiro momento exploravam o que chamaram “Rios da Guiné”, a orla marítima desde o Senegal ao Volta, habitados por mais de 30 povos diferentes (Jalofos, Barbacins, Mandingas, Fulas, Papéis, Balantas, Arriatas, Falupos, Buramos, Bijagós, Beafares, Naluns, Bagas, Coculins, Sapes, Manes, Sossos e outros), falando línguas diferentes, tendencialmente hostis entre si, com histórias entrecruzadas e territórios oscilantes, mas paradoxalmente abertos a trocas comerciais mútuas, incluindo de escravos, atitude de um exoterismo aparente, surpreendente mas pragmático, que se estendia a quem vinha de longe, fosse por terra ou por mar. Afinal, uma política paradoxal, mas transversal aos povos, aos espaços e aos tempos na longa história da humanidade…

Antes de nos embrenharmos pelas curvas sinuosas e pelos esteiros intrincados dos rios e canais, prenhes de vida e de mistério, que haviam mantido em segredo, certamente por milénios, a vida intensa e agitada que densas matas e mangais ocultavam, sob esse nome genérico de Guiné, plasmando uma teia de reinos de negros em constante agitação a sul do Grande Deserto e que, na imaginação dos recém-chegados, haveria de estar certamente encostado, a Oriente, à Etiópia e dela acolher o Nilo, numa espécie de corrente bífida que contemplaria, em contraponto do Mediterrâneo, também o Atlântico, é mister espreitarmos, desde o Cabo Verde (um topónimo improvável, só justificado pela extrema secura com que os descobridores se haviam deparado a norte), para aquelas ilhas, dispostas em formação de voo de gansos a caminho de terra firme, a umas centenas de milhas a oeste, em alto mar, e que dele se preparavam para tomar o nome.

Mapa da época das Ilhas do Cabo Verde e da Costa da Guiné

E foi por mero acaso que o português Diogo Gomes e o genovês Antonio da Noli, de regresso da Guiné a Portugal em uma das suas viagens já rotineiras ao serviço do Infante Henrique e do rei Afonso V, em inícios de maio de 1460, afastando-se um pouco mais que de costume da costa, à procura de ventos favoráveis, uma vez que os alíseos de nordeste eram contrários ao rumo das proas, se depararam com ilhas desconhecidas, primeiro uma arenosa a que chamaram de São Cristóvão, ao mesmo tempo que avistaram a Lhana, ali perto, batizada assim por ser rasa, e depois, no dia de S. Jacobo, a mais extensa, de onde avistaram também a de São Filipe, muito alta, e a dos Maias. Ilhas desertas, sem escravos a resgatar ou a converter, nem rios e florestas a explorar, nem especiarias a comprar, pareceu a Diogo Gomes que pouco futuro teriam no vasto tabuleiro de transações e façanhas que se perspetivavam em todas as direções, a sul, a leste e a oeste. Já Da Noli apressou-se a anunciar ao rei a descoberta, e a garantir o governo destas ilhas, entretanto dadas pelo soberano em propriedade a um dos irmãos mais novos, D. Fernando, congeminando planos e antecipando desígnios que transcendiam a aparência estéril destes “grãozinhos de terra” espalhados no meio do mar, afinal destinados a fazerem História…


[1] Guerras santas

[2] Pequenos navios medievais do Índico

[3] Planta tintureira

[4] Monarca do Império Inca

[5] Territórios do Império Mongol, governados por cãs.

[6] Império feudal no Japão, comandado por um Xogun

Comentários

Mensagens populares deste blogue

26 - Cabo Verde descobre-se como Destino Turístico

11 - Soltrópico, um operador turístico focado em Cabo Verde

35 - A REDE - Sonhos Adiados