21 - Salândia - ficção - Um dia na vida de Gael

 

1.     Um dia na vida de Gael

A janela ao fundo do corredor do primeiro andar, ocupado pelas diversas salas, bibliotecas, digitotecas, auditórios e consultórios da Axis[1], de fronte à longa alameda de acácias rubras que ladeiam a avenida de acesso à mansão, cobrindo-a por inteiro da sua folhagem ténue e binada, de um verde tenro, de que no verão irrompem fartos tufos de flores rubicundas de fogo, aqui e ali matizadas de pétalas brancas raiadas, elas também, de vermelho, e no outono exibe longas e luzidias vagens negras e nutritivas, oportunamente recolhidas e armazenadas junto ao cabril pelo robô de serviço, é ampla e alta, de estilo arte nova, à laia de vitral, e não abre, deixando apenas entrever a quem olhe pelas vidraças marteladas, de tamanhos irregulares mas simétricos, de uma beleza entre clássica e exótica, o cenário verde-rubro a evocar uma nave de catedral gótica, que o grande portão de ferro forjado, simbolizando uma trama de neurónios em colorida fusão, rematando em arco ogival apontando para o alto, também em volteios de arte nova, ao fundo da alameda, encerra ou franqueia, ao ritmo das saídas e entradas de viaturas de familiares, cooperantes e visitantes, num contraste rebuscado com os automatismos ocultos que parecem dar-lhe vida e entendimento próprios, traduzidos não apenas no rotineiro mas ágil e silencioso abrir e fechar, sem fechaduras, dobradiças ou gonzos, numa espécie de geometria no espaço, mas humanizado  outrossim por uma voz doce e acolhedora vinda de um intangível algures que, a quem sai, deseja boa viagem personalizada, e a quem entra saúda com boas-vindas a cada uma e cada um dos ocupantes, indicando logo o lugar de parqueamento programado, se no subterrâneo ou no exterior, e até rastreando cada veículo e avisando quem o conduz, se algum pormenor carece de uma intervenção na oficina comunitária, ou se o nível da energia do veículo, se mais vetusto, demanda reabastecimento.

 

Ao longo dos duzentos metros do percurso da avenida que conduz ao amplo átrio de entrada, cujo acesso se faz por duas escadarias suaves, em forma de lira, ladeando o acesso ao parque subterrâneo, enquanto contemplam aquele túnel de copas esplendorosas e o desfilar lento, de um e de outro lado, dos troncos rigorosamente paralelos e altos que as suportam, os recém-chegados recebem individualmente nos implantes auditivos a agenda do dia, de harmonia com a programação previamente determinada pela IS[2] do DIP[3], e alertam para alguma variação de temperatura corporal ou de humor, a aconselhar uma passagem pelo departamento clínico, no primeiro andar, antes das ocupações, de labor ou lazer, que ali os trazem.
Scarab
O Gael acabou de percorrer a álea das acácias, e chegou hoje sozinho para uma competição escolar de scarab[4] promovida pela Axis na antiga pista para aviões de aterragem e descolagem horizontal de Espargos, velhinha de quase 200 anos, agora substituída pelo Vertiporto[5], implantado na ilha Tortuga[6], ao largo de Palmeira. Os colegas desta ACD[7] que, como ele, vieram para competir, já estavam em amena cavaqueira à roda de mesas baixas, na sala de jogos, na ala sul do rez-do-chão, sentados em barquinos[8], uns em exercícios de preparação, de pranayama do fogo[9] ou de postura do trono[10], outros entretidos em jogos clássicos do século XXI, agora visionados em clones holográficos, como os que criavam androides faz-tudo que  acabavam por se organizar em sindicatos contestatários, ou aquele em que os humanos tinham desaparecido em guerras atómicas, e só tinham sobrado gatos e robôs, ou ainda aquele em que uma corporações de detetives por conta da Rússia, da China e dos Estados Unidos da América se empenhavam, no segundo quartel do século passado, em invadir a mente dos suspeitos para os denunciarem aos Grão-Mestres da então chamada Inteligência Artificial, acabando os três impérios por se aniquilarem mutuamente, implodindo e deixando o domínio do mundo a pequenas pacificracias[11]
Pranayama do fogo
Este último jogo era tanto mais apreciado nos alfobres, viveiros e pomares[12] da Salândia, quer por docentes quer por discentes, quanto a pacificracia, regime de governação agora prevalente no mundo, encaixou como luva na sua história, madura de quase sete séculos, que soubera evoluir, por entre vagas de avanços e recuos, porém sempre moderados e de saldo dialético positivo, de um contexto escravocrata, no seu berço tribal, para um processo sofrido mas transformador, de superação e libertação, num cadinho de culturas, raças, crenças e costumes caldeados nas ilhas de um arquipélago novo, sem outras fronteiras que não as do mar e do céu, que acabou sempre por absorver ou suplantar os abalos existenciais de pendor extremista e divisionista no seio das suas comunidades, quer fossem eles atreitos a exacerbar as quotas de origem, em especial cultural ou rácica, puxando mais para África ou mais para a Europa, mais para o claro ou mais para o escuro, mais para o designado ocidente ou mais para o então apelidado de sul global, quer cultivassem uma tendência isolacionista ensimesmada em complexos, fossem eles de superioridade ou de inferioridade, como deixou claro o período da independência, na passagem para o último quartel do século XX, no qual as lutas violentas nunca lograram penetrar nas ilhas, numa clara demonstração de pacifismo inabalável, em sábio caldo de cultura de entendimentos e cooperação, em contraponto flagrante com o belicismo destrutivo de guerras tribais e coloniais.

Paradoxalmente, seriam as grandes potências económicas, tecnológicas, militares e nucleares dominantes na primeira metade do século XXI a ditar, por absurdo, a emergência de pequenos países, na sua maioria insulares, como Madagáscar, Zanzibar, a Maurícia e as Seicheles no Índico, Timor e Singapura no Extremo Oriente, Cuba e as Ilhas ABC nas Caraíbas, Páscoa e a Polinésia no Pacífico, ou os arquipélagos da Macaronésia no Atlântico, quando se perderam em guerras fratricidas e apocalípticas que só por um triz não comprometeram a própria subsistência da Casa Comum da Humanidade, mas deixaram em ruínas continentes inteiros, numa altura em que o Antropocénico emergira havia pouco mais de 200 anos, ameaçando inverter, com as sucessivas revoluções industriais invasivas, os equilíbrios entre a primazia do Cosmos sobre a presunçosa supremacia humana, exacerbando o domínio do homem sobre os outros seres e sobre os outros homens, incapazes de adequarem as conquistas tecnológicas à sustentabilidade do Planeta e de toda a Natureza, e de apreenderem a lição deixada pelas consequências da soberba ou obscurantismo de todos os grandes impérios históricos da humanidade, desde a Mesopotâmia à Pérsia e ao Egito, no Médio Oriente; ao Mongol no Extremo Oriente; ao Maia, ao Huari, ao Inca e ao Azteca, nas Américas; ou ao Grego, ao Romano e ao Otomano, na Europa; e mais recentemente, ao Britânico, ao Espanhol, ao Francês e ao Português, de uma abrangência globalizada, colonizadora e dispersa, todos extintos ou reduzidos à sua expressão modesta e articulada com os demais povos.

A Salândia, emergindo de um pequeno país arquipelágico atlântico do Trópico de Câncer, no extremo sul da Macaronésia, de dez ilhas e dezasseis ilhéus, que tomara o nome do cabo mais ocidental do continente africano, o Verde, mapeado, na visão cósmica da Renascença, pelos portugueses e povoado pelos portugueses e guineenses em meados do século XV, com uma população oscilante, que só no século XIX ultrapassaria os cem mil habitantes, ganhou especial importância no século XXI, devido às características morfológicas, climatéricas e sobretudo humanas das duas principais ilhas salineiras, Sal e Boa Vista, e das suas populações, ao mesmo tempo altivas e acolhedoras, que foram atraindo fluxos crescentes de turistas amantes de sol, de mar e de paz, autonomizando-se administrativamente nos anos 60 do século XXI como terceira região da República de Cabo Verde, a par da de Barlavento, com as ilhas de Santo Antão, São Vicente, Santa Luzia e S. Nicolau, e os ilhéus dos Pássaros, junto a S. Vicente, e o Branco e o Raso, entre Santa Luzia e S. Nicolau; e da de Sotavento, com as ilhas do Maio, de Santiago, Fogo e Brava, e o ilhéu de Santa Maria, na baía da capital, Praia, e os de Areia, Grande, Rombo, Baixo, De Cima, Do Rei, Luís Carneiro e Sapado, a norte da Brava.

A Baía de Santa Maria nos anos 20 de 2000

As duas ilhas da Salândia cresceram fortemente, de vários pontos de vista, desde logo em território, com a criação de novos ilhéus e recifes artificiais, à semelhança do que há muito haviam feito países como Singapura, Dubai, Holanda e outros, mas sobretudo em população, agora acima dos duzentos mil habitantes, é certo que, em boa parte, de visitantes de mais ou menos curta duração, ainda assim sustentada numa economia pujante rebocada pela indústria turística nas suas várias vertentes e estimulada pelas dinâmicas da sétima revolução tecnológica, surpreendentemente económicas, amigas do ambiente, eficazes e eficientes, sob a gestão unificada do NuTReS[13].

O Istmo da Tortuga, de 300 metros de comprido por 60 de largo, incluindo uma ponte em arco, com um vão de 20 metros de altura, para a navegação de recreio entre as marinas de Regona e Fontona, permite grande fluidez ao intenso tráfego gerado pelo Vertiporto, ao passo que a atividade portuária comercial da ilha se processa em Palmeira, e a de cruzeiros se concentra a sul, no porto de águas profundas da Baía de Ervatão, a norte de Sal Rei, na ilha da Boa Vista, sendo o tráfego entre os dois assegurado pela Frota Interportuária rápida NDPH[14], que garante uma naveta entre Ervatão e Palmeira, uma distância de mais de 50 quilómetros percorrida agora comodamente em apenas quinze minutos.

O grupo de scarabistas[15], uma dúzia de adolescentes entre os 13 e os 17 anos, que hoje competiam na pista, agora adaptada a circuito de velocistas, construída inicialmente pelos italianos em 1939 para escala de aviões de longo curso entre a Itália e a América do Sul, batizada então de Aeródromo Internacional da Ilha do Sal, comprada em 1947 pelo Governo de Lisboa e rebatizada com o topónimo de Espargos, e depois renomeada Amílcar Cabral, após a independência, em 1975, refletia fielmente o atual cosmopolitismo da Salândia. O Gael é tetraneto de irlandeses que em finais do século XX se fixaram em Santa Maria para montar um bar; os pais do Yang vieram do Mindelo, de uma família oriunda de Zhuhai, e exploram no Maxi-Mall da Hortelã uma das lojas de pronto-a-vestir do grupo Yanling; os pais da Rafaela são netos de foguenses e dedicam-se ao comércio de vinhos e bebidas espirituosas;  o Adulai tem sangue fula, do pai, que lhe deu o nome, e a mãe é oriunda da Moldova, os dois a trabalhar no NuTReS; o Murillo tem as suas raízes nos USA, de imigrantes mexicanos, e os pais exploram um restaurante na Marina de Fontona; O José, o Noah, a Sofia, o Enzo, o Demba, a Joana e a Melissa são de famílias há muito estabelecidas nas ilhas de Cabo Verde, por isso genuínas representantes da miscigenação cultural e histórica que caracterizam este país, outrora conhecido por “Paraíso de Morabeza”, a maior parte delas com atividades ligadas, direta ou indiretamente, ao Turismo.

Terminada a competição, e após a passagem pelos balneários, que funcionavam no antigo hangar de manutenção, na parte sul do circuito, todo o grupo rumou a Terra Boa, para exercícios de descompressão, nas áleas de palmeiras de saia, casuarinas, jacarandás e acácias rubras que se perfilam no interior da floresta de 22 hectares que cobre a zona, até às proximidades do Morrinho de Açúcar e de Monte Grande, agora também florestados, abrigando, sob as copas de tamarizes africanos, espinheiros brancos, acácias amarelas, sicómoros e tamareiras atlânticas, numerosos bandos tagarelas de galinhas do mato, e até raposas das ilhas,  essas discretas e sagazes, trazidas da América, e graciosos antílopes, para os quais foram previstas algumas clareiras férteis.

Acácias rubras e jacarandás

O historial agrícola da Terra Boa remonta à época do povoamento da ilha do Sal, no século XIX, por iniciativa de um dos Governadores de Cabo Verde de então, Manuel António Martins, para exploração das salinas, em Santa Maria e Pedra Lume, quando só nesta zona do norte e nas Ribeiras de Madama e Palha Verde, na metade sul da ilha, se conseguiam manter hortas para cultivo de alimentos. Mas com o evento da hotelaria e do turismo, já no início do século XX se recorrera à tecnologia da dessalinização para abastecimento público alimentar e para culturas e jardinagem, e agora boa parte da água potável e de rega é obtida pela precipitação das monções, forçada pela disseminação de bactérias pluvióferas[16] transportadas por drones e balões liofilizáveis sobre as massas de nuvens trazidas pelos ventos do sul, de julho a outubro, antes improdutivas, e agora generosas, armazenando-se a fartura de água em cisternas e lençóis de água em pontos-chave da Salândia, por forma a garantir abastecimento ao longo de todo o ano. Uma evolução civilizacional que se prolonga na produção de energia, agora gerada maioritariamente nos litorais norte das duas ilhas, quer em terra, por baterias de eólicas de baixa altura da última geração, aproveitando quer os alísios, quer o harmatão, quer as monções, ou por plataformas marinhas, à superfície e em profundidade, em zonas de fortes correntes. De notar que a solução fotovoltaica fora abandonada, por motivos paisagísticos e habitacionais, devido às superfícies extensas que ocupava no território.

A terceira e última ACD do dia deste programa de estruturação física e mental promovido pela Axis ia desenrolar-se à tarde em Fiura, no extremo nordeste da ilha, pelo que o Gael e os companheiros foram almoçar no Kraka, com a monitora de mergulho, Amanda, chegada de Sal Rei, um restaurante muito procurado, por serem ali os pratos de marisco os mais económicos, dado que provém de aquicultura, trazido na hora dos viveiros-gaiola, ali ao pé.

 

Poço de Fiura                                                                                                                            Piscina natural da Buracona

A ação consistia em mergulharem nas famosas grutas submarinas daquela costa, a natural e as que entretanto tinham sido escavadas, todas elas reproduzindo, em ângulos diferentes e em horas do dia diferentes, aquele efeito de claraboia em que os raios solares são direcionados na vertical ou em oblíquo, da superfície até ao fundo, a algumas dezenas de metros de profundidade.
Corais
Fiura tornara-se de há muito uma escala obrigatória de aprendizagem da flora e da fauna marinhas, e todos os jovens são convidados a conhecer, dando a cada um o respetivo nome, incluindo científico, os peixes, tartarugas e corais do mar da Salândia, pelo menos os mais correntes, como a garoupa pintada (cephalopholis taeniops), a moreia pintada (muraena melonatis), o badejo (mycteroperca fusca), a bicuda ou barracuda (sphryrena guachancho), o esmoregal ou charéu (seriola rivoliana), o atum (thunus albacares), a lagosta rosa (palimeris charlestoni), o cação (mustelus mustelus), a tartaruga comum (caretta-caretta)… Numa outra altura visitarão a plataforma subaquática de João Valente, a sudoeste da Ilha da Boa Vista, um spot único de vida submarina, prenhe de vida, com uma variedade de corais assinalável, um recife preservado selvagem, visitado regularmente por baleias de bossa e por cardumes de tubarões-baleia, assim como o Observatório de Tubarões, a sul do Morro de Areia, na Boa Vista.
Tubarão-baleia
O programa das ACD concluiu-se, como habitualmente, por uma sessão de sumarização no Grande Auditório da sede da Axis, que reunia os diversos grupos de atividade desportiva e formativa do dia, no qual cada participante era convidado a identificar os acréscimos nas suas ideias, formatadas a partir das suas perceções e conhecimentos decorrentes das atividades do dia, exprimindo-as não só oralmente, como redigindo-as em texto comunicável, como forma de transformar gradualmente o conhecimento, adquirido passivamente e individualmente, em mensagem ativa e instrutiva, socializável, a gravar e a inserir na Base de Dados do CID[17], ao serviço da IS Comunitária.

A oração de sapiência de hoje estava a cargo do ancião Joel do Rosário, um dos preceptores[18] mais conceituados da atualidade, vindo expressamente de S. Nicolau, onde, aos 102 anos, lidera ainda um grupo de investigação neurológica na Universidade Internacional do Caleijão. Nascido na Ribeira Brava em 2008, de uma família distinta, Joel fora ainda criança para Baiona, onde o pai seguia uma carreira náutica, e aí fez os seus estudos básicos, estagiando na ESTIA[19], uma Escola de engenharia de ponta, onde conheceu um grande cientista de origem maurícia, biólogo e filósofo, que o marcou profundamente e o encaminhou para uma longa carreira de pesquisa e partilha de saberes.

O tema do dia era “O Desporto e a Mente”, que o preceptor, ele próprio tendo sido até há pouco praticante de desportos de mar, estava à vontade para desenvolver, e com o qual encantou a assembleia, entusiasmada com os conceitos de simbiose entre os neurónios e axónios cerebrais com o ecossistema numérico; do desequilíbrio controlado de alternância de teses e antíteses, gerador de sínteses de inovação; da sociedade fluida, em que o poder circula, atua e se certifica na horizontal, ao jeito das antigas cibermoedas, e não na vertical, um axioma determinante no modo de governação das pacificracias; do cérebro coletivo, como o que naquela sala se materializa já na base de dados do CID, municiadora de inovação e desenvolvimento; da informação autocatalítica, carregada em memórias periféricas dos CID, com capacidade de deteção de falsidades, uma garantia indispensável de credibilidade…

Todos estes e outros conceitos, carregados, testados e depurados por uma EDAN[20] de IS, onde se lhes adicionam e assimilam as sucessivas e regulares contribuições dos participantes nas ACD e em outros eventos formativos, enriquecem paulatinamente o SAGS[21], uma unidade de gestão alimentada pelo NuTReS e pelos sistemas de gestão dos restantes núcleos governamentais, filtrados pelas EDAN e convertidos em posturas pelo Governo Regional da Salândia (GRS).

Peixes dos mares da Salândia


(continua)



[1] ONG promotora de eventos formativos, de desporto, competição, investigação e desenvolvimento cultural.

[2] Inteligência Sintética, originariamente conhecida por Inteligência Artificial.

[3] Dispensário de Informação Partilhada, um dos Serviços Públicos de nova geração, a par dos de Educação, de Saúde e de Garantias Cívicas (antiga Segurança Social).

[4] Pequeno veículo, modelo mais recente da geração dos antigos skates e segway, de 4 rodas, as da frente muito pequenas, movido por uma célula vitalícia de tório (Th, combustível de uma massa atómica concentrada que substituiu a partir de meados do século XXI os combustíveis fósseis e elétricos).

[5] Geração de aeroportos do século XXII, para aeronaves DAV (Descolagem e Aterragem Vertical).

[6] Uma das ilhas artificiais projetadas na XXI Legislatura dos Governos Gerais de Cabo Verde, e concluída em 2074, por altura das celebrações do Centenário da Independência.

[7] Ações de Curta Duração

[8] Almofadas de peles de animais recuperadas nos matadouros, de cabritos e suínos, outrora confecionados artesanalmente para transportar água ou leite.

[9] Conhecida posição de ioga para eliminação de toxinas, com efeitos de perda de peso, eliminação de problemas respiratórios e outros desconfortos.

[10] Outra das posições do ioga, que promove o afastamento dos quadris e combate a ciática.

[11] A seguir aos sistemas de governo históricos, como as teocracias, oligarquias, plutocracias, monarquias, autocracias, anarquias ou democracias, nos finais do século XXI, após a implosão dos populismos, que desaguou na dispersão do poder por pequenas células geridas por sábios, o mundo compreendeu finalmente a inutilidade do domínio bélico, e proliferaram as nações em que o mantra dominante passou a ser o da paz, da concórdia e do entendimento cooperativo entre povos e países.

[12] Designações correspondentes às dos antigos infantários, escolas e universidades.

[13] Núcleo Tecno-Económico da Região da Salândia. Como o acrónimo sugere, e em linha com o carácter pacifista vigente, o NuTReS é um organismo orientado para o sustento alimentar e anímico das populações, e pautado por princípios rigorosos de sustentabilidade ambiental, congregando competências de vários dos antigos ministérios, como o da Economia, o das Finanças, o da Agricultura, o da Indústria e Tecnologia…

[14] Navios Deslizantes de Propulsão Híbrida

[15] Tripulantes de scarab.

[16] Uma tecnologia de química neutra descoberta há quase 100 anos, mas aplicada apenas desde os anos 80 do século XXI.

[17] Centro de Investigação e Desenvolvimento

[18] Título sucedâneo, na nomenclatura académica, dos de Mestre ou Professor, recuperando uma categoria mais antiga, do tempo das monarquias, mas que se ligava melhor ao papel de intérprete do saber, e menos ao da transmissão de um conhecimento “ex cathedra”.

[19] École Supérieure de Technologies Industrielles Avancées.

[20] Estações de Desambiguação e Avaliação de Notícias.

[21] Servidor de Apoio à Governança da Salândia.


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